
O turismo no Japão 2025 vive um momento histórico. Entre janeiro e setembro, mais de 31 milhões de visitantes estrangeiros desembarcaram no país, segundo dados da Agência de Turismo do Japão (JNTO). O cenário é de celebração, mas também de alerta: enquanto a economia agradece, o chamado overtourism, o turismo em excesso, começa a trazer novos desafios para as cidades japonesas.
O Japão ultrapassou a marca de 30 milhões de visitantes estrangeiros mais rápido do que em qualquer outro ano da história. De acordo com a Agência de Turismo do Japão (JNTO), entre janeiro e setembro de 2025, mais de 31,6 milhões de pessoas visitaram o país, um aumento de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Se o ritmo continuar, o Japão deve fechar o ano com mais de 40 milhões de turistas, um número inédito e simbólico para um país que ainda se recupera dos efeitos da pandemia.
O lado positivo: turismo em alta, economia em movimento
O turismo estrangeiro virou um dos motores da economia japonesa. Com o iene desvalorizado, viajar pelo Japão nunca esteve tão barato para estrangeiros, e isso tem atraído visitantes principalmente da China, Coreia do Sul e Taiwan. Somente os chineses representam quase 7,5 milhões dos visitantes até setembro, um salto de 42,7%.
Hotéis, restaurantes, lojas de conveniência e até trens turísticos registram aumento nas vendas. Em muitas cidades, o movimento de estrangeiros ajudou pequenos negócios a se reerguerem após os anos difíceis da Covid-19. O governo japonês também celebra: a chegada de turistas gera bilhões de ienes em impostos e consumo, movimentando desde o varejo até o setor de transportes.
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Mas nem tudo é positivo
O crescimento rápido demais começa a trazer efeitos colaterais. Cidades como Kyoto, Kamakura e Fujiyoshida enfrentam superlotação em pontos turísticos, lixo nas ruas, aumento de preços e até conflitos entre moradores e visitantes. Há registros de turistas que desrespeitam regras locais, entram em propriedades privadas para tirar fotos ou bloqueiam o trânsito de bicicletas e ônibus.
Esse fenômeno já ganhou nome: ‘overtourism’, o turismo em excesso. Em alguns lugares, autoridades estão sendo obrigadas a limitar o acesso de visitantes, aumentar taxas de entrada e reforçar regras de convivência.
Outro problema é o impacto ambiental. O volume crescente de turistas gera mais lixo e consumo de energia, principalmente em regiões com infraestrutura limitada. Há também o risco de que a autenticidade cultural de certas áreas seja perdida à medida que tudo se transforma para atender o visitante.
O governo japonês tem tentado incentivar o turismo regional, direcionando estrangeiros para áreas menos visitadas, como Tohoku, Shikoku e Hokkaido interiorana, para aliviar o peso sobre as grandes cidades. Iniciativas de “turismo responsável” também começam a surgir, promovendo experiências mais sustentáveis, como hospedagens ecológicas e guias locais que educam sobre etiqueta e cultura japonesa.
O desafio do Japão agora é equilibrar crescimento com sustentabilidade, um dilema que muitos países turísticos enfrentam.
Imagem: Canva
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