
Duas jovens irmãs, Alice Miyuki Mera e Lívia Ayumi Mera, com apenas 11 e 9 anos, respectivamente, atletas do time Bonsai, na academia Ferreira’s Gym em Shizuoka, Kakegawa, não apenas acumulam medalhas, mas também encontraram no esporte uma ferramenta poderosa para fortalecer a autoestima e superar desafios culturais.
A Man to Man tem o orgulho de apoiar o talento e a dedicação das irmãs Alice e Lívia Mera, jovens atletas pelo seu empenho, disciplina e espírito esportivo nos campeonatos de Jiu-Jitsu.

A jornada das irmãs Mera, ambas faixas branca sob a orientação do Sensei Paulo Ferreira, começou em 2024. O início foi motivado pelos pais, que buscavam uma atividade extracurricular para incutir disciplina e respeito. O que começou como uma simples atividade logo se transformou em uma grande paixão, onde elas aprendem a lidar com adversidades diárias, buscam soluções diversas para os problemas e, acima de tudo, crescem como atletas e como seres humanos.
Entrevista
1- O que vocês mais gostam de fazer quando estão no tatame?
Alice: Triângulo, essa é a minha técnica preferida!
Lívia: Eu gosto de Mata leão, ou de ‘arm lock’.
2- O Jiu-Jitsu é a “força para superar os desafios diários” para vocês. Qual foi a lição mais importante que vocês aprenderam nos treinos?
Alice: Respeito, e autoestima! O Jiu-Jitsu é uma arte que tem que ter respeito, então vimos que começamos a brigar menos. Antes de brigar, a gente já pensa em fazer de outra forma, para não haver brigas, como antes.
3- Vocês treinam na equipe Bonsai com o Sensei Paulo Ferreira. Como é o Mestre no dia a dia?
Alice: Ele ensina de um jeito que todo mundo vai entender. Ele é detalhista e ensina muito bem e é muito paciente. Ele diz também que não pode usar o Jiu-Jitsu para brigar na escola, por exemplo. Pede para irmos à escola direitinho, termos boas notas, e sobre a importância de respeitar os pais.
Lívia: Ele ensina os detalhes. Ele fala: “Isso daqui não pode esquecer”, ele já explica também o que é mais fácil de errar, e já corrige na hora.
4- Lemos que vocês se sentiam um pouco inferiores na escola por serem estrangeiras. O Jiu-Jitsu ajudou vocês a se sentirem mais fortes e mais felizes com vocês mesmas?
Alice: Antes me preocupava bastante com o que iriam falar de mim… hoje eu já não ligo!
Lívia: Eu já sofri bullying na escola, mas agora eu tenho autoconfiança. Eu já ajudei uma amiguinha na escola, usando a defesa do Jiu-Jitsu. Os nossos pais orientam para não usarmos essa arte para agredir, mas para usar para autodefesa.
5- Vocês acham que o Jiu-Jitsu é uma “ponte cultural”? O que isso significa?
Sim! Jiu-Jitsu é uma arte marcial como judo e aikido, e foi aperfeiçoada pela família Gracie no Brasil. Essa família é a pioneira quando se trata de Jiu-Jitsu no Brasil, tanto que o nome da arte marcial é Brazilian Jiu-Jitsu (BJJ), e até mesmo no Japão a arte é conhecida dessa forma. Realmente é uma ponte cultural entre os dois países, respondeu Victor Mera, pai de Alice e Lívia.
6- No tatame, vocês aprendem que o que importa é a “dedicação, esforço e perseverança”. O que é mais divertido: dedicar-se ou vencer?
Alice: Se dedicar! Ficar pensando em ganhar é cansativo… melhor se dedicar, pois ganhar é consequência!
Lívia: Os dois!
“Na segunda-feira todo mundo volta a treinar, então ganhando ou não, na segunda-feira tem treino” é o lema das meninas.
7- Alice você foi vice-campeã (prata) no Mundial de 2025. O que você sentiu quando colocou essa medalha no pescoço?
Alice: Eu senti que fui muito bem, e é só treinar mais que ano que vem eu, se Deus quiser, eu vou sair de lá CAMPEÃ.
8- Lívia você já tem algumas medalhas, inclusive de ouro. Qual é a luta que você mais se lembra?
Lívia: A minha luta final no Bull Terrier de 2025, em Hamamatsu, eu não ganhei, mas eu considero que é a minha melhor luta. Eu senti que eu não parei, eu continuei tentando, eu perdi para uma adversária boa, ela era mais experiente e mais graduada.
No jiu-jitsu, as faixas representam o nível técnico e o tempo de experiência do praticante. Mas entre uma faixa e outra, há também “graus”, pequenas marcas, geralmente fitas, colocadas na ponta da faixa. Cada grau indica progresso dentro daquela faixa e mostra que o aluno está evoluindo tecnicamente, mesmo antes de mudar completamente de cor.
9- O maior sonho de vocês é chegar à faixa preta. O que a faixa preta representa para vocês?
Alice: Difícil alcançar? Sim, eu acho. Mas não quero chegar muito rápido na faixa preta, porque tem muita responsabilidade e muita técnica, e tem que ter muito merecimento.
Lívia: Eu quero demorar mais para pegar a faixa cinza. Eu não quero pegar a faixa preta cedo. Cada faixa é um nível que sobe, eu quero demorar e participar de mais campeonatos. Eu não quero pegar a faixa preta tão cedo também!
10- Se uma criança estivesse triste ou desanimada, que conselho vocês dariam a ela?
Lívia: Treine jiujitsu!
Alice: Eu também! A autoestima muda!
Lívia: É bom que fica fora das telas!
O pai, Victor Mera, destaca que as filhas iniciaram no Jiu-Jitsu antes dele e de sua esposa. Hoje. os treinos se tornaram um momento familiar e especial, repleto de significado e união.

Mais do que um patrocínio, essa parceria representa o compromisso da Man to Man com o incentivo ao esporte, à superação pessoal e ao desenvolvimento de jovens promessas que inspiram sua comunidade por meio do esforço e da determinação.
Desejamos às irmãs Mera muito sucesso nessa nova etapa que se inicia, que cada treino e cada luta sejam oportunidades de crescimento, aprendizado e conquistas. Acreditamos no talento delas e estaremos na torcida por cada vitória dentro e fora dos tatames!
Instagram: Alice Mera @mera.miyuki, Lívia Mera @mera.ayumi
Imagens: Equipe Dia a Dia/ acervo pessoal
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O artigo Man to Man patrocina atletas de Jiu-Jitsu Alice e Lívia Mera foi inicialmente exibido em DIA A DIA.


