
Nos últimos anos, o Japão se tornou palco não apenas de turistas curiosos em busca de templos, tecnologia e gastronomia, mas também de streamers e influenciadores digitais que viajam até aqui para “causar” e gerar conteúdo polêmico. Embora esse tipo de exposição traga visibilidade, muitas vezes também provoca indignação, já que certos comportamentos são vistos como desrespeito à cultura e às tradições japonesas.
Casos recentes
- Lochie Jones, influenciador australiano, foi alvo de duras críticas após filmar-se em locais sagrados e até mexer em oferendas deixadas em túmulos, algo considerado extremamente ofensivo no Japão.
Australian YouTuber Lochie Jones is under fire for going to Japan and drinking a beer that was left on someone’s grave as tribute
Japanese locals reported him to authorities and claim he should be deported for “defiling graves” pic.twitter.com/eqie4FySd1
— Dexerto (@Dexerto) September 1, 2025
- Outros streamers já foram vistos invadindo áreas restritas, gritando em locais silenciosos como templos e santuários, ou até mesmo filmando pessoas na rua sem consentimento, prática que fere tanto a etiqueta quanto a privacidade.
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Por que eles fazem isso?
A motivação é clara: a busca por audiência. Vídeos que chocam ou incomodam tendem a atrair mais curtidas, compartilhamentos e visualizações. Isso leva alguns influenciadores a adotar comportamentos que beiram a falta de respeito, mesmo em espaços que exigem silêncio, reverência ou cuidado.
Outro fator é o choque cultural. Alguns streamers exploram a diferença entre suas próprias culturas e a japonesa como uma forma de “testar limites” e chamar atenção. Situações como gritar em templos, mexer em oferendas ou filmar pessoas sem consentimento acabam sendo transformadas em conteúdo “engraçado” para a internet, mas são interpretadas como atitudes extremamente ofensivas no Japão.
Há ainda aqueles que demonstram pouca noção de etiqueta local. Muitos turistas sequer pesquisam ou ignoram regras básicas de convivência, como respeitar filas, não invadir áreas restritas ou não filmar em locais onde é proibido. Alguns se sentem livres por estar em outro país e acreditam que podem fazer o que quiserem em busca de “likes”, sem considerar que essas ações têm consequências sérias.
Impactos no Japão
Esses comportamentos não só incomodam os japoneses, como também reforçam estereótipos negativos sobre os estrangeiros. Além disso, podem gerar problemas legais, já que o Japão possui leis rígidas contra vandalismo, desrespeito a espaços públicos e invasão de propriedade.
O Japão recebe visitantes de todo o mundo, mas fica o alerta: respeitar a cultura local é essencial. O que pode parecer uma brincadeira inocente na internet pode se transformar em um ato de profundo desrespeito e até crime.
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O artigo Streamers que vêm ao Japão para “causar”: turismo ou desrespeito? foi inicialmente exibido em DIA A DIA.


