Por que o santuário Yasukuni causa tanta polêmica no Japão e na Ásia?

Toda vez que um político japonês visita o santuário Yasukuni, o assunto vira notícia e gera reações da China e da Coreia do Sul. Mas afinal, o que há de tão controverso nesse lugar?

Um santuário que divide opiniões

Em Tóquio, no coração da capital japonesa, existe um santuário xintoísta chamado Yasukuni Jinja (靖国神社). Por fora, ele parece apenas mais um templo tranquilo, cercado por árvores e repleto de visitantes que rezam em silêncio. Mas basta um primeiro-ministro japonês ou um ministro do governo pisar lá, e o clima muda: manchetes internacionais, protestos de países vizinhos e discussões sobre o passado militar do Japão voltam à tona.

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Um local para homenagear os mortos em guerra

O santuário Yasukuni foi criado em 1869, logo após a Restauração Meiji, com o propósito de homenagear aqueles que morreram lutando pelo Japão em guerras. Hoje, mais de 2,5 milhões de nomes estão registrados ali, soldados e civis que deram a vida em conflitos desde o século XIX até o fim da Segunda Guerra Mundial. Para muitos japoneses, visitar o santuário é apenas um ato de respeito aos antepassados e aos que defenderam o país. Mas há um ponto que muda completamente essa visão.

Criminosos de guerra

Em 1978, o santuário passou a incluir os nomes de 14 criminosos de guerra de Classe A, ou seja, líderes políticos e militares julgados após a Segunda Guerra Mundial por crimes contra a humanidade e agressões militares. Isso foi feito de forma discreta, mas quando veio a público, e causou enorme revolta internacional. Desde então, toda visita de um representante do governo japonês ao Yasukuni é vista como um gesto político, não apenas religioso.

Para a China e a Coreia do Sul, países que sofreram com a ocupação japonesa, é como se o Japão estivesse prestando homenagens a quem comandou as invasões e massacres de civis. Por isso, esses países protestam sempre que o Yasukuni volta às manchetes.

Outro motivo que alimenta as críticas é o museu Yūshūkan, localizado dentro do santuário. Ele apresenta a história militar japonesa sob uma ótica nacionalista. Isso reforça a percepção de que o Yasukuni tenta recontar o passado de forma favorável ao Japão, em vez de encarar os erros cometidos.

Religião e política: uma linha tênue

No Japão, a Constituição determina a separação entre religião e Estado. Por isso, quando autoridades visitam o santuário em nome do governo, o ato é visto como uma possível violação da laicidade. Alguns políticos tentam contornar isso dizendo que vão “a título pessoal”, mas o gesto passa raramente despercebido.

Para uns, o Yasukuni é um símbolo de orgulho e sacrifício; para outros, um lembrete de um passado doloroso e ainda não resolvido.

Imagem: Gerada por IA

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